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terça-feira, agosto 04, 2009

Vamos iniciar nossos trabalhos...


O que dizer em uma inauguração? Hordas de pensamentos urram:
- Discurso! Discurso!
Prefiro agir como ensinou Bachelard, acendendo uma pequena vela e velando o brilho da chama.
A noite ao meu redor se dissipa lentamente ao sabor da dança do pequeno lume, trago nos olhos o cansado da noite anterior. Nada de discursos, mas o fluxo da noite é continuo e implacável, toca minuano, assoviando lá fora, uma milonga que baila solta por entre as macegas. Assim é o imaginário noturno, pampa, noite, imaginação. Velas acesas não para espantar o escuro, mas sim para acolhê-lo.

Pois é assim que deve ser.
Galpão solto no campo, fumaça desenhando contornos, fogo de chão... Arreios traçados com fibras da própria madrugada, goles de luar, lufadas quentes do bafo do fogo. Enredam-se nestes portais as tramas do sótão e as do porão e neste se refugiam quando o dia se faz alto...

só resta, saber com o que sonhava prometeu enquanto seu fígado se refazia...


sonhos de Prometeu

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